Fica claro para mim que a dupla Marin-Del Nero foi covarde. Estavam chegando e não quiseram fazer o que deveria ser feito quando não se confia em um funcionário vital na sua engrenagem: demitir. Uma administração que chegou cheia de sorrisos e afagando seus correligionários ficou com medo da opinião pública e deixou o "técnico dos outros" lá. O resultado foram nove preciosos meses jogados fora (sem contar no ouro olímpico, que não veio). Um tempo que pode fazer muita falta na montagem do time para 2014.
Para piorar, a demissão vem em um momento em que o trabalho de Mano Menezes, pela primeira vez, parecia ter uma direção. A entrada de Kaká no time e a repetição de uma dupla de volantes que funciona melhor significaram uma evolução no desempenho do Brasil. A defesa estava ajustada. A saída de bola melhorando. O time tentava e começava a conseguir propor o jogo. Foi assim contra o Japão e a Colômbia. E, como prêmio, Mano Menezes foi demitido. É incoerente. Quase um absurdo.
O pior é que o cenário é bem complicado em termos de reposição. Só temos um técnico "em boa fase": Tite. Será que a seleção vai tentar tirar o técnico do Corinthians de novo? E ele teria tempo para isso? Escolher Felipão só pode ser superstição, já que o último trabalho razoável dele foi com Portugal, em 2008. Muricy caiu demais e não tem um estilo que me seduza para a seleção. Luxemburgo fez um ótimo brasileiro pelo Grêmio, mas não terá chance pelo passado. E duvido que Guardiola aceite ser um salvador da pátria da seleção brasileira.
O nome do novo técnico será anunciado em janeiro. Assume em fevereiro. Depois terá 16 meses até a Copa de 2014. Pela forma como a CBF se portou em relação a Mano Menezes, devem achar que é muito tempo...
0 comentários:
Postar um comentário